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                 O 
                verão não é sinônimo apenas de sol, 
                mar e diversão. Para algumas pessoas, a estação 
                mais esperada do ano pode ser também a mais penosa. Estima-se 
                que 35 milhões de brasileiros sofram de enxaqueca. Nessa 
                época, eles ficam mais propensos a crises e, se não 
                estiverem atentos a alguns cuidados básicos, podem ter 
                de trocar os prazeres da estação por horas extras 
                de cama. Sol 
                e calor são velhos vilões de quem sofre da doença. 
                Isso porque portadores de enxaqueca geralmente são sensíveis 
                à claridade. A solução, aponta o clínico-geral 
                e especialista em cefaléias, Alexandre Feldman, é 
                proteger-se e evitar a exposição aos efeitos da 
                claridade por muitas horas. Sombra, chapéu e óculos 
                escuros costumam ajudar. O calor também pode ser traiçoeiro. 
                Com o aumento da transpiração, há uma 
                diminuição de água no corpo e, se a pessoa 
                sensível à cefaléia não se hidratar, 
                pode ter uma tremenda dor de cabeça, explica.  Nesse 
                caso, ingerir líquidos com freqüência - de preferência 
                água - é a indicação contra o problema. 
                Os alimentos e bebidas consumidos no verão também 
                respondem por grande parte dos casos de cefaléia. Como 
                qualquer bebida alcoólica, cerveja e caipirinha, comuns 
                nessa época do ano, contêm substâncias capazes 
                de provocar fortes dores de cabeça. O álcool suga 
                a água das células, causando desidratação. 
                Ingeri-lo sem se alimentar corretamente causa hipoglicemia (diminuição 
                da taxa de açúcar no sangue), que traz como um dos 
                sintomas a enxaqueca, alerta Feldman.  O médico 
                também chama a atenção para os aperitivos 
                servidos à beira da água. Ricos em gordura poliinsaturada, 
                eles possuem substâncias químicas como tiramina, 
                nitritos e sulfitos, verdadeiros venenos para pessoas predispostas. | 
 
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                Cálculo renal aumenta também na estação 
                mais quente do ano  	
                O verão também é a época do ano em 
                que aumentam os casos de cálculo renal, a chamada pedra 
                no rim. Isto porque, de acordo com o médico urologista 
                do Hospital São Camilo-Santana, Isaac Am-selem, é 
                justamente nesta época do ano que as pessoas transpiram 
                mais e urinam menos e não tomam água suficiente 
                para hidratar o organismo. O cálculo 
                renal é uma pedra formada por impurezas na urina que formam 
                cristais e que não são filtrados pelo órgão. 
                Normalmente, o que faz uma pessoa ter o cálculo renal é 
                a predisposição genética, mas pode surgir 
                em pessoas que bebem pouca água. O tratamento 
                visa a retirada do cálculo, que pode ser de forma espontânea 
                ou com a ajuda de aparelhos sofisticados. O Hospital e Maternidade 
                São Camilo conta com dois tipos de serviços: o de 
                Litotripsia Extracorpórea, que destrói a pedra por 
                meio de ondas sonoras e o Homium Laser, que, como o nome diz, 
                utiliza o raio laser para quebrar cálculos urinários. 
                 Embora 
                haja todos esses recursos, Isaac Amselem alerta para alguns cuidados 
                que podem ser tomados para evitar o cálculo renal:  
                 
                  tomar bastante água;  
                  não abusar do sal;  
                  evitar carnes gordurosas. |