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30/03/2010
Amazônia protegida por satélite japonês
Parceria entre diversos órgãos do Brasil e do Japão permite fiscalização em tempo integral de desmatamentos na região da Floresta Amazônica

Como funciona o Alos

O Alos (Satélite de Observação Avançada da Terra, em inglês) entrou em operação em 24 de janeiro de 2006. Seu principal objetivo, além da cartografia, é observar os efeitos de grandes desastres naturais e funcionar como um provedor de dados para pesquisas. Ele fica a 692 quilômetros de altitude e redireciona as informações coletadas para o satélite geoestacionário DRTS, ou Kodama, que as transmite, então, para o outro lado do planeta até o Centro de Observação da Terra, órgão do governo japonês, que fica nos arredores da capital Tóquio. De lá, os dados são enviados para diversos lugares do mundo.

(Reportagwem: Luis Yuaso/NB | Fotos: Wilson Dias/ ABr e Cesar Paes Barreto/Divulgação)

O desmatamento ilegal e predatório na Floresta Amazônica pode estar com os dias contados. Desde junho do ano passado, o Alos, um satélite japonês capaz de visualizar o solo mesmo em dias em que o céu está coberto por nuvens espessas, fiscaliza detalhadamente toda a região em busca de indícios de desmatamento e notifica as autoridades competentes em tempo real. A ação, fruto de uma parceria entre o Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama (CSR), o Departamento de Polícia Federal (DPF), a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e a Agência Espacial Japonesa (Jaxa), é uma das responsáveis pela redução na taxa de desmatamento de 72% nos meses de outubro e novembro de 2009, em relação ao mesmo período do ano anterior.

O conceito do uso de satélites no combate a esse tipo de crime ambiental não chega a ser uma novidade. Desde maio de 2004, o Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) fiscaliza a floresta em busca de possíveis focos de agressões ao meio ambiente. O grande empecilho técnico, porém, é sua incapacidade de processar as imagens em dias nublados, situação que ocorre quase seis meses por ano. “As imagens utilizadas no Deter são ópticas, portanto, não é possível o monitoramento da Amazônia em épocas chuvosas por causa das nuvens. Como as ondas de radar (do Alos) transpassam as nuvens, a observação é possível em qualquer tempo”, afirma Julio Inoue, coordenador de projetos da Jica.

A parceria com o Japão tem duração prevista de três anos, mas o CSR já trabalha no desenvolvimento de um sistema próprio de produção de informações da localização de novos desmatamentos mesmo em épocas de grande cobertura de nuvens. “O Brasil tem a melhor tecnologia para a detecção de desmatamentos em florestas tropicais do mundo e existem várias iniciativas em andamento no País para a continuidade do monitoramento por satélites com uso de radares”, afirma Felipe Luís Matos, analista ambiental do Ibama e um dos oito técnicos e policiais federais que passaram por treinamento no Japão para análise das informações geradas pelo Alos.

Autuação


A exploração predatória da Amazônia pode estar perto do fim

Governo brasileiro projeta meta de redução de 95% no desmatamento da Floresta Amazônica até 2020

Na prática, o combate ao desmatamento funciona da seguinte maneira: as imagens processadas pelos satélites são monitoradas pelo Ibama, que analisa a situação e, dependendo do caso, aplica multas ao infrator ou o denuncia à Polícia Federal. “Havendo indício de crime, somos comunicados e vamos até o local para verificar o que aconteceu. Também há casos em que os dois órgãos atuam em parceria, como na Operação Arco de Fogo”, explica David Bronze Molles, perito da Polícia Federal em Manaus (Amazonas) e que também esteve em treinamento no Japão.

Molles, por sinal, já fez uso da tecnologia para impedir um caso de desmatamento ilegal. “Utilizando uma imagem do satélite Landsat 5, identifiquei uma área de desmatamento recente. Com a mesma imagem e com dados de outros órgãos oficiais analisei o terreno e estabeleci a melhor rota para chegar ao local. Essas informações foram colocadas em um GPS e em mapas distribuídos aos membros da equipe policial. Ao chegarem, encontraram uma área recém-desmatada e queimada. Apesar de não haver nenhum responsável ali naquele momento, os agentes federais conseguiram identificá-lo e ele foi indiciado”, explica o perito.

Com a implantação da parceria e o desenvolvimento de novas tecnologias, o Ministério do Meio Ambiente já prevê uma redução de mais de 95% da área desmatada até 2020 em relação à década anterior, batendo a meta de 80% proposta pelo Plano Nacional de Mudanças Climáticas aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fato que leva o ministro Carlos Minc a mandar um aviso aos predadores ambientais. “Tremei poluidores, vai acabar a invisibilidade. Antes os satélites ficavam cegos durante cinco meses no ano por causa das chuvas. Agora, combinando o Inpe com o satélite japonês, vamos ver e combater o crime ambiental durante todo o ano.”


União de tecnologias
Entre os profissionais que trabalham na fiscalização ao desmatamento ilegal na Amazônia, uma unanimidade: a tecnologia é a grande aliada no combate aos predadores ambientais. “Nós não temos estatísticas específicas sobre quais ferramentas utilizamos em cada caso, mas, na minha experiência na Amazônia, posso dizer que, em 100% dos casos de desmatamento, há uso de algum tipo de sensoriamento remoto, seja por imagem de satélite ou imagem produzida por sensores embarcados em aeronaves”, afirma o policial federal David Bronze Molles.

Para fiscalizar a região, as autoridades brasileiras fazem uso de tecnologias complementares. Um dos mais antigos em operação é o Prodes, que desde os anos 70 mede as taxas anuais de desmatamento com base em imagens geradas pelo satélite norte-americano Landsat 5. Porém, o equipamento só consegue captar áreas superiores a 6,25 hectares. Por emitir relatórios anuais, ele é complementado com o uso do Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), que, apesar do processamento rápido de imagens, é incapaz de visualizar sob as nuvens – detalhe que já foi corrigido com o uso do satélite japonês Alos.

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