Energia
solar responde a apenas 1% da energia produzida no continente
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(Fotos: Kyodo)
A busca por
um mundo verde e o uso de energias renováveis não para.
No dia 3, em Tashkent, no Uzbequistão, o Banco de Desenvolvimento
da Ásia (ADB, em inglês) anunciou que investirá US$
9 bilhões no desenvolvimento da tecnologia de aproveitamento de
energia solar em países em desenvolvimento do continente nos próximos
três anos. O plano servirá como plataforma para troca
de informações acerca da tecnologia solar, projetos, produtos
e meios de se facilitar a transferência de recursos para países-membros
em desenvolvimento, explicou o presidente do ADB, Haruhiko Kuroda.
Do investimento
total, estima-se que o ADB arque com cerca de US$ 2,25 bilhões,
e o restante deve vir da iniciativa privada. Além disso, um fundo
de US$ 500 milhões será levantado através de doações
de países do continente para minimizar a implantação
altamente onerosa da tecnologia. Ao arquipélago caberá,
além do investimento financeiro, o apoio tecnológico para
a iniciativa solar. O Japão, em conjunto com outras nações
da Ásia, vai usar a tecnologia japonesa como um motor para o crescimento
do continente, disse o ministro das Finanças nipônico,
Naoto Kan, no discurso de lançamento do projeto.
Com a iniciativa,
o ADB espera implementar projetos que gerem até 3.000 megawatts
de energia solar até 2012. Para incentivar os investimentos do
setor privado, uma série de planos e mecanismos de compartilhamento
de conhecimento e recursos serão colocados à disposição
de bancos e empresas do setor.
A região
central da Ásia, onde fazem fronteira China, Índia e Paquistão,
deve ser o local de instalação de grande parte dos projetos
diante das enormes extensões de terras áridas e baratas.
Produção de energia solar necessita de grandes áreas,
então só podemos aplicá-la onde a terra é
barata e onde não haja qualquer tipo de uso alternativo para o
espaço, justificou o presidente do comitê de Energia
do ADB, Seethapathy Chander.
Atualmente
a fonte solar representa menos de 1% do total da energia produzida na
Ásia. O grande empecilho até o momento é o alto custo
da produção a partir desse tipo de fonte. Só para
se ter uma ideia, o kilowatt da energia solar ainda sai a um custo aproximado
US$ 0,35, enquanto outras fontes conseguem entregar um kilowatt por cerca
de 20% desse valor. O ADB espera que num futuro próximo, com a
alta da demanda e o desenvolvimento de novas tecnologias, os preços
acabem se equivalendo.
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