O
Japão tem a segunda melhor banda larga do mundo, de acordo
com a pesquisa das universidades Oxford (EUA) e Oviedo (Espanha)
|
|
(Fotos: Kyodo)
No Japão,
a conexão de internet é rápida com planos
de até 100 MB por segundo para uso doméstico , estável,
cobre quase a totalidade do país e, de quebra, possui preço
acessível. Não por acaso foi eleita pelas universidades
Oxford (Estados Unidos), e Oviedo (Espanha), como a segunda melhor banda
larga do planeta, atrás apenas do serviço oferecido na Coreia
do Sul. Com base nisso, o governo brasileiro vai se inspirar no modelo
japonês para a execução do Plano Nacional de Banda
Larga (PNBL), projeto de inclusão digital que vem sendo tratado
como prioridade pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que
deve ter seu texto definido nas próximas semanas.
O preço
da banda larga no Brasil é seis vezes maior do que o do Japão,
afirma o assessor de inclusão digital da Presidência da República,
Nelson Akio Fujimoto. Para ele, com a implantação do programa,
que prevê investimentos de até R$ 15 bilhões, o Brasil
tem condições de, em breve, igualar o país asiático
em número de clientes e em preço. Segundo Fujimoto, a densidade
(número de clientes por 100 habitantes) no País é
um pouco maior do que 6% e a intenção do governo é
fazer com que chegue a 25% em 2014. Para isso, a ideia é usar seus
ativos de fibra ótica, de quase 31 mil quilômetros.
O século
21 vai precisar de mais inteligência. O que vai fazer uma nação
ficar rica é a capacidade educacional do seu povo, é a formação
profissional, os investimentos em ciência e tecnologia. Por isso,
quando enviamos a lei que trata da exploração do pré-sal,
colocamos uma parte do dinheiro arrecadado para investir em educação,
ciência e tecnologia. O Brasil precisa ser um exportador de conhecimento,
afirmou o presidente Lula sobre o PNBL.
Nos planos
do governo federal, os cenários simulados consideram preços
de público entre R$ 15 e R$ 35, uma redução e tanto,
já que o valor médio do serviço oferecido pelas empresas
privadas começa em cerca de R$ 50. A banda larga vai sair,
assegurou Lula, prometendo que levará o projeto adiante mesmo sem
apoio da iniciativa privada. Vamos levar a conexão rápida
para onde for necessário, porque achamos que todo o brasileiro
tem de ter igualdade de oportunidade, disse o presidente.
Mesmo preparados
para tocar o projeto sem ajuda privada, Fujimoto lembra que o plano deverá
criar uma política regulatória e incentivos fiscais para
o setor reduzir o custo de acesso à banda larga, além de
estudar como se dará o uso da infraestrutura de fibra ótica
pertencente ao governo. Outro ponto a ser avaliado é a criação
de uma política industrial para a área. Temos uma
indústria nacional que produz a totalidade dos itens necessários
para implantar o Plano de Banda Larga. Não faremos todo esse esforço
para importar equipamentos e gerar empregos na China. Temos que gerar
empregos no Brasil, afirmou o assessor.
|