(Fotos: Kyodo)

Os tablets são um sucesso. Os smartphones idem. E a plataforma 3D é tida como o futuro da transmissão de imagens. Querendo aproveitar todas as coqueluches tecnológicas da atualidade, a Sharp planeja incorporar o formato tridimensional a seus telefones inteligentes e e-readers. “Acredito que o 3D fará sucesso nessas plataformas”, afirmou o presidente da companhia, Mikio Katayama.

O executivo falou sobre o tema no lançamento do tablet da Sharp, que começará a ser vendido em cerca de dois meses no Japão. Katayama não deu muitos detalhes de quando ou como funcionará o 3D portátil da companhia, mas deixou escapar que não haverá a necessidade de usar óculos especiais para ver as imagens em três dimensões.

A tecnologia, no entanto, não é novidade na companhia. Em abril, a Sharp lançou no arquipélago o primeiro smart-phone 3D do mundo. O aparelho, equipado com duas câmeras, é capaz de gravar e reproduzir conteúdos tridimensionais que podem até ser reproduzidos em um televisor apropriado.

A briga, no entanto, deve ser complicada, já que a empresa deverá encarar Sony e Apple. A companhia norte-americana é líder isolada do mercado de tablets. Ela própria, por sinal, é responsável pelo sucesso desse tipo de eletrônico, já que, antes do iPad, poucos acreditavam que essa plataforma atingisse as vendas recordes registradas pelo produto.

Para Katayama, o segredo para bater de frente com o iPad em um primeiro momento é a possibilidade que o aparelho da Sharp terá de rodar aplicativos em Flash, tecnologia amplamente usada em vídeos on-line, como, por exemplo, os do site de compartilhamento de vídeos Youtube. Na segunda etapa, que deve começar no primeiro semestre de 2011, deve ser lançado o tablet 3D.

Mais lançamentos

E não é só a Sharp que acredita no futuro do mercado 3D. A Toshiba anunciou recentemente que no final do ano colocará no mercado a primeira linha de televisores tridimensionais do mundo que não necessitam de óculos especiais.

Já a Fujifilm anunciou a chegada às lojas japonesas da FinePix Real 3D W3, a primeira câmera capaz de registrar imagens 3D. “Nó vemos essa recente onda de produtos 3D como uma oportunidade de ouro para nos estabelecermos no mercado de câmeras do tipo”, disse o presidente da empresa, Shigetaka Komori.

O modelo custa 48 mil ienes (R$ 1 mil) e a companhia espera que as vendas passem de 400 mil unidades. Entre as rivais da Fujifilm, a Sony espera colocar seu modelo 3D nas lojas em breve, enquanto a Panasonic vai lançar, ainda em setembro, a primeira camcorder tridimensional do mercado.