PORTAL NIPPOBRASIL ONLINE - 19 ANOS
-
Fale conosco: adm@nippo.com.br   
Terça-feira, 16 de abril de 2024 - 4h50
DESTAQUES:
  Empregos no Japão

  Busca
 

SEÇÕES
Comunidade
Opinião
Circuito
Notícias
Agenda
Dekassegui
Entrevistas
Especial
-
VARIEDADES
Aula de Japonês
Automóveis
Artesanato
Beleza
Bichos
Budô
Comidas do Japão
Cultura-Tradicional
Culinária
Haicai
História do Japão
Horóscopo
Lendas do Japão
Mangá
Pesca
Saúde
Turismo-Brasil
Turismo-Japão
-
ESPECIAIS
Imigração
Tratado Amizade
Bomba Hiroshima
Japan House
Festival do Japão
-
COLUNAS
Conversando RH
Mensagens
Shinyashiki
-
CLASSIFICADOS
Econômico
Empregos BR
Guia Profissionais
Imóveis
Oportunidades
Ponto de Encontro
-
INSTITUCIONAL
Redação
Quem somos
-

06/04/2010
Quer um filho? Treine antes com o Yotaro
Pesquisadores da Universidade de Tsukuba, entre os quais o brasileiro Wagner Matsuzaki, desenvolvem robô para estimular japoneses a terem filhos. Ele reconhece expressões e até chora

Yotaro tem pele feita de silicone e sensores por todo o corpo que reagem de acordo com o estímulo recebido

(Reportagwem: Luis Yuaso/NB | Fotos: Divulgação)

Yotaro é um bebê como qualquer outro: ele sorri, balança as pernas quando sente cócegas e pode até ficar zangado com um carinho exagerado. Vez ou outra, como é comum nessa idade, seu nariz escorre, e ele cai no choro, derramando lágrimas pelo berço. Sua única diferença dos coleguinhas de berçário é que ele não é humano. Desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tsukuba, entre eles o brasileiro Wagner Tetsuya Matsuzaki, Yotaro é um bebê robô criado para incentivar os japoneses a terem filhos. Sua sofisticação é tanta que ele é capaz de mudar de humor de acordo com a frequência e intensidade do toque de seus “pais”.

Segundo Matsuzaki, 27 anos, que mora em Tsukuba (Ibaraki) desde 2007, onde faz mestrado em Design de Produto, a ideia do projeto nasceu da grande presença de humanoides no cotidiano japonês. “No entanto, os robôs são tratados apenas como objetos constituídos de plástico, metal e outros materiais. Nesse sentido, a nossa proposta foi criar uma relação mais humanizada entre os robôs e as pessoas”, diz o brasileiro. “O Yotaro possui uma pele macia feita de silicone, temperatura corporal e reage às ações da pessoa que interage”, explica.

O rosto de Yotaro é composto, além da pele de silicone, por duas semiesferas de acrílico transparente que funcionam como uma espécie de tela de projeção de suas expressões. Internamente, essa estrutura conta ainda com uma câmera infravermelha que captura a posição da pessoa com quem o robô interage. Além disso, seu corpo é composto de vários sensores de toque que fazem que pernas e mãos se movimentem de acordo com o estímulo recebido. Para manter a temperatura de um ser humano, dois motores bombeiam água aquecida para seu rosto e permitem que ele possa chorar e seu nariz escorrer.

Para processar todas essas informações, Yotaro conta com um computador que controla as emoções que devem ser manifestadas naquele momento para representar qual seria o comportamento de um bebê de verdade. Por exemplo, “inicialmente ele está dormindo. Se você o toca ele acorda. No primeiro momento ele está sonolento, aos poucos vai se animando e depois fica bem alegre. No entanto, ele vai se cansando e logo volta a dormir”, explica Matsuzaki.

Mesmo sendo apenas um bebê, Yotaro já tem seus títulos, entre eles o de projeto campeão do concurso de realidade virtual IVRC, em 2008. Sua comercialização, entretanto, ainda é dúvida. “Não pensávamos que ele fosse ganhar tamanha repercussão mundial”, diz Matsuzaki, que, no entanto, vê com bons olhos a produção em massa de seu “filho” humanoide. “É possível que projetos como o Yotaro possam incentivar jovens japoneses a terem filhos.”


Robôs ainda mais desenvolvidos


Diego-san anda, mexe em objetos
e até abraça seus criadores

Eles não têm a graça e a naturalidade de uma criança de verdade. Mas a intenção nem é essa. Desenvolvidos para tentar compreender o processo de aprendizagem infantil, os bebês robôs, que viraram uma febre no Japão nos últimos anos, possuem uma função nobre para a sua espécie: a criação de humanoides ainda mais sofisticados. Para isso, os cientistas desenvolveram mecanismos que permitem que eles aprendam coisas novas, algo parecido com o processo de aprendizagem dos seres humanos.

O M3-Neony, por exemplo, tem 50 centímetros de altura, pesa 3,5 quilos e é capaz de reconhecer expressões faciais, como alegria ou tristeza, através de suas câmeras de alta resolução instaladas na área dos olhos. Além disso, ele tem 22 músculos mecânicos e pode até mesmo fazer pequenas caminhadas. Seus “pais” são os cientistas da Universidade de Osaka, liderados por Minoru Asada, um japonês que acredita que em 2050 uma seleção de robôs seja capaz de vencer a Copa do Mundo de futebol.

A teoria de Asada parte do princípio de que as máquinas, assim como os humanos, têm capacidade de estar em constante desenvolvimento. “Os bebês e as crianças têm programas muito, muito limitados. Mas têm capacidade para aprender mais”, afirma o cientista. Assim, segundo os engenheiros, ao receber estímulos para andar, por exemplo, o robô tenta descobrir como utilizar seu sistema para se levantar, engatinhar, ficar de pé e depois caminhar, sem que necessariamente ele esteja pré-programado para isso.

Na mesma linha, a Universidade da Califórnia, em parceria com a Kokoro Co., criou Diego-san, um robô que conta com 60 mecanismos móveis no corpo, mais 20 no rosto e pode interagir com a ambiente quase como uma pessoa de verdade. Anda, mexe em objetos, reconhece expressões e até abraça seus criadores. Diego-san tem a missão de estudar a comunicação não verbal de uma criança, como gestos e expressões faciais.

  Tecnologia - NippoBrasil
• Os lançamentos japoneses de 2011
• Sony Internet TV já está no mercado
• Fujitsu inicia entrega do computador mais rápido do mundo
• Tóquio decreta a era dos sensores de movimentos
• Grandes japonesas preparam tablets e smartphones com tecnologia 3D
• Empresas japonesas tornam indispensável uso do iPad
• Livros digitais são a aposta das editoras japonesas
• Ásia vai investir US$ 9 bilhões no desenvolvimento de energia solar
• Japão será modelo para o Plano Nacional de Banda Larga brasileiro
• Robo: Quase um ser humano
• Lançamento de formato 3D aquece mercado de videogames
• Quer um filho? Treine antes com o Yotaro
• Amazônia protegida por satélite japonês
• Modem portátil conquista os japoneses
• Sony lançará celular inteligente
• Novas câmeras resistentes e à prova d’água
• Aprenda japonês com o iPhone
• Robô enfermeiro
• Tecnologia brasileira em posto do Japão
• Novo shinkansen ainda mais veloz

© Copyright 1992 - 2016 - NippoBrasil - Todos os direitos reservados - www.nippo.com.br

O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade exclusiva do anunciante.
Antes de fechar qualquer negócio ou compra, verifique antes a sua idoneidade. Veja algumas dicas aqui.

Sobre o Portal NippoBrasil | Fale com o Nippo