O
robô Riba consegue carregar uma pessoa de até 61 quilos
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(Fotos: Kyodo)
A tecnologia
japonesa deve livrar um pouco o trabalho das enfermeiras que cuidam de
idosos e deficientes físicos no Japão. Em função
dos esforços, é comum essas profissionais terem lesões
na coluna. As tarefas mais pesadas ficariam, então, por conta do
Riba (Robot for Interactive Body Assistance), um robô com cara de
Pokemon desenvolvido para transportar doentes para a cama, colocá-lo
na cadeira e levá-lo ao banheiro, entre outras funções.
Ele é o irmão mais avançado do riken man, desenvolvido
em 2006, que tinha capacidade para suportar bonecos de 18,5 quilos.
O robô
reconhece fisionomia e vozes e responde a comando de vozes. Os movimentos
são suaves e silenciosos, os braços são macios e
dotados de sensores. O corpo é revestido de pele para
tirar a sensação ao paciente de que está sendo carregado
por um homem de lata. Para diminuir os riscos de acidente, o humanóide
é semi-automático. Os comandos são controlados pelos
enfermeiros que ajustam direção e velocidade. Os olhos são
dotado de câmeras que lhe permitem desviar de obstáculos.
Seus braços são revestidos de espuma de uretano, para que
sejam macios ao toque e mais confortáveis para quem está
sendo carregado, e os motores são silenciosos para não perturbar
outros pacientes nos quartos.
O Riba pesa
180 quilos e tem força para carregar pacientes com até 61
quilos. Parece pouco, mas não para os padrões dos idosos
japoneses. A previsão é que não falte trabalho para
o ajudante de enfermeiro. O Japão é um dos países
com maior número de pessoas com 65 anos ou mais. Nada menos que
20,8% da população total de 127,8 milhões de habitantes
estão nessa faixa etária.
O Japão
é uma sociedade em processo de envelhecimento, e a demanda para
o cuidado de idosos, como levantá-los da cama ou da cadeira de
rodas, vem crescendo diz Toshiharu Mukai, chefe da equipe que criou
o robô.
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Taizo,
robô personal trainer
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Além
da Riken, várias outras companhias japonesas desenvolvem robôs
com habilidades específicas para ajudar idosos com dificuldades
de locomoção. Muitos desses inventos foram mostrados no
final de janeiro em uma convenção sobre tecnologia e seus
benefícios para a terceira idade realizada no final de janeiro,
em Tóquio.
Uma das principais
atrações foi o Taizo, nome derivado da palavra japonesa
taisoo, que significa ginática. O robô, desenvolvido pelo
Instituto Nacional de Indústria Avançada de Ciência
e Tecnologia (AIST), General Robotix e Departamento de Saúde da
Prefeitura de Ibaraki, cumpre exatamente o que diz seu nome. Dotado de
26 articulações, o Taizo foi projetado para incentivar os
idosos a praticar exercícios físicos leves. O robô
mede 70cm e possui uma aparência simples (roupas esportivas largas)
e amigável (sorriso simpático no rosto) para animar os pacientes.
Possui 26 articulações e é capaz de reproduzir 30
exercícios que podem ser feitos em pé ou sentado na cadeira.
O robô
funciona por duas horas e consegue entender comandos básicos. O
plano é começar a vender o Taizo ainda este ano por 800
mil ienes (cerca de 14 mil reais)
Paro:
sucesso em mais de 20 países |
Outra atração
foi Paro, robô-foca também desenvolvido pelo Instituto Nacional
de Indústria Avançada de Ciência e Tecnologia, com
sede em Tsukuba, na província de Ibaraki. O bicho é capaz
de expressar emoções e interagir com os idosos. Sua função
é ativar a mente e acalmar os pacientes que estejam em recuperação.
O Paro já
é um sucesso em todo mundo. O robô-foca presta serviço
em instituições de saúde e bem-estar de mais de 20
paises e entrou para o Guinness Book como o robô mais terapêutico
do planeta. Somente a Dinamarca encomendou mil deles, na maior compra
do robô feita por uma única instituição. Os
Paros começam a desembarcar em solo dinamarquês no ano que
vem.
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