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Caderno Budismo

Vida: movimento

(Texto: Venerável Mestre Hsing Yün | Foto: Divulgação)

Todos nós ocupamos nosso corpo com atividades físicas que envolvem gestos e movimentos. Algumas pessoas, por estarem doentes, movem-se com menos freqüência ou são incapazes de se movimentar. Com a morte, nosso movimento cessa de todo. Na natureza, a água precisa correr livremente para manter-se pura, enquanto o ar tem de mover-se para tornar-se fresco. Do mesmo modo, como seres humanos, necessitamos de atividade para permanecermos vivos. Corpo e mente estão em constante movimento: mãos, coração, emoção, audição, pulsação, espírito, força, ação, motivação e sentimento – inclusive serenidade e raiva. Sendo assim, o caminho mais fácil para o auto-aperfeiçoamento é praticar o movimento benéfico e eliminar o mau movimento. O movimento benéfico harmoniza e purifica o corpo e a mente.

Movimento expressa energia e vivacidade. De acordo com o Sutra Amitabha, os seres que vivem na Terra Pura carregam diariamente “oferendas de flores maravilhosas para presentear os Budas das Dez Direções”. O Sutra Diamante relata: “Buda vestia seu manto e carregava sua tigela de mendicância até a cidade para pedir comida. Depois da refeição, meditava enquanto caminhava”.

Movimento benéfico

O Bodissatva Avalokiteshvara manifestava-se em 32 formas para liberar os seres sencientes. O Bodissatva Kshitigarbha fez o seguinte voto: “Se eu não for ao inferno para liberar os seres que lá habitam, quem irá fazê-lo?”. Todas essas ações podem ser consideradas movimento benéfico. O Venerável Mestre Xuanzang, da Dinastia Tang, atravessou mais de mil quilômetros de deserto, sozinho e a pé, para chegar à Índia e levar as escrituras budistas para a China. Sem esse movimento, a cultura e a arte chinesas não seriam tão ricas. Contra todas as opiniões de sua época, o navegador Cristóvão Colombo cruzou o Oceano Atlântico viajando para o Ocidente com a intenção de chegar ao Oriente em 1492. Se essa viagem não tivesse sido realizada, ele não teria descoberto a América e esse novo continente talvez não fosse o que hoje é.

O movimento é o significado e a energia da vida, dado que, graças a ele, podemos progredir e sermos ativos. Por meio do movimento, aprendemos com os outros e nos integramos à sociedade, conseguindo o apoio necessário no que fazemos. O movimento de alguém não deve ser julgado isoladamente – convém olhar também para a pessoa e para o evento, assim como para a ação e para a mente. Se nossa fala não puder ser benéfica aos demais, então devemos nos calar. Se nosso pensamento não favorecer ninguém, não devemos pensar. Se nossos passos não trouxerem benefícios aos outros, não devemos continuar. Se as ações que praticamos com nossas mãos não forem positivas, devemos nos eximir de movimentos. Assim sendo, devemos nos mover somente quando necessário e restringir nosso movimento apenas ao necessário.

Sensações positivas

O auto-aperfeiçoamento é necessário para que possamos compreender o budismo. Do mesmo modo, em tudo o que fazemos, a prática é mais importante que a teoria e ações têm mais impacto que meras palavras vazias. Aqueles que sabem fazer as coisas sabem dar vida a elas e desenvolver seu potencial. Aqueles que sabem jogar xadrez sabem dar vida a seu jogo e triunfar sobre o adversário. Quem sabe escrever bem dá vida às palavras e toca os corações. Quem sabe falar bem dá vida a sua fala e envolve platéias.

As flores abrem-se com toda a sua fragrância, enquanto as árvores balançam ao vento. Nós as apreciamos porque estão vivas. Pássaros gorjeiam nas árvores e nos deleitam com suas melodias. As nuvens unem-se, dispersam-se no céu e nos tranqüilizam com sua serenidade. A água dos riachos desliza sobre as pedras e nos revigora com seu frescor. O surgimento dessas sensações positivas ocorre porque os movimentos estão vivos.

Devemos nos manter em movimento enquanto vivermos, de modo a continuar transmitindo a esperança e a alegria da vida.


Créditos:
Venerável Mestre Hsing Yün é o 48º patriarca do budismo chinês da escola Ch’an. Fundador do Monastério Fo Guang Shan, em Taiwan, e do Templo Zu Lai, em Cotia (SP), entre outros ao redor do mundo.
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