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Caderno Budismo

Onde está a justiça?
Aumentando o crédito de ações positivas, temos a possibilidade de, por nós mesmos, modificar o curso do carma

(Texto: Venerável Mestre Hsing Yün | Foto: Divulgação)

Onde está a justiça da natureza quando ouvimos que apenas os mais aptos sobrevivem? Onde está a justiça da sociedade quando percebemos que os mais ricos e mais poderosos têm todos os privilégios? Neste mundo, parece natural para o mais forte exercer indevido poder sobre o mais fraco. Não é nenhuma novidade que o rico oprime o pobre, o esperto ridiculariza o tolo, o velho intimida o novo e o são insulta o inválido. Onde se encontra justiça quando tudo isso acontece?

Na atualidade, parece que nossa vida está cheia de conflito e contradição. Não há mais grande diferença entre o preto e o branco, o certo e o errado. Ao contrário, existem áreas cinzentas, onde não há uma definição precisa ou absoluta do que seja correção ou justiça. Muitos julgamentos são feitos com base na aparência ou no histórico familiar. Se uma pessoa vier de boa família, seu valor imediatamente se eleva. Se vier de um gueto, seu valor imediatamente despenca. Uma vez que olhamos o mundo por meio de uma ampulheta, onde esperamos encontrar a justiça?

Política

A situação é ainda pior na política, na qual as decisões se baseiam em interesses ou necessidades pessoais. Abrir mão do bem-estar público em favor dos interesses de grandes corporações é prática bastante comum entre os políticos. É só analisar as finanças da campanha de um candidato – boa parte do dinheiro é oriunda dos fundos de grandes companhias e grupos com interesses específicos. Por isso, as promessas aos eleitores são promessas vazias, apenas manobras para ganhar a eleição ou a reeleição. Quantas vezes já vimos candidatos eleitos inventando desculpas ou jogando a culpa nos outros para justificar uma promessa não cumprida? Acreditamos sinceramente que existe justiça na política ou no governo?

Onde está a justiça quando o dinheiro, o poder, a fama e o sucesso são fatores decisivos na sociedade? Onde está a justiça quando os mais ricos conseguem cortar caminho para quase tudo, enquanto os pobres têm de sofrer indignidades? Onde está a justiça quando trapacear é permitido e a honestidade é punida? Onde está a justiça quando o egoísmo é louvável e estender a mão para dar socorro é considerado ridículo? Onde está a justiça quando os fracos são intimidados e os agressores temidos? Onde está a justiça neste mundo de desigualdade?

Curso do carma

Alguém disse: “A insensatez não pode vencer a razão, a racionalidade não pode preceder a lei, a legalidade não pode derrotar o poder, e nada é superior à verdade universal.” E qual é a verdade universal que reina sobre tudo mais? É a lei do carma, baseada no princípio da causalidade. Independentemente de quem ou do que alguém é na vida, ninguém pode escapar do carma ou da morte, pois a lei de causa e efeito se aplica igualmente a todos os seres sencientes. De acordo com os ensinamentos do Buda, o carma – ou atividade volitiva, intencional – sempre rende frutos; a qualidade destes só depende de nossas ações serem benéficas ou não. Trata-se de um processo natural, que não é controlado nem interrompido por nenhum poder ou força sobrenatural. Aumentando o crédito de atos positivos, temos a possibilidade de, por nós mesmos, modificar o curso do carma.

Portanto, é imperativo que todos entendam o funcionamento do carma, já que a justiça reside nele. Dinheiro e poder não conseguem alterar o curso do carma. A fama e o sucesso não podem mudar o resultado do carma. Um malfeitor colherá sempre os frutos da retribuição, enquanto um benfeitor colherá sempre os frutos da bondade. Ninguém está isento da lei universal do carma e da causalidade.


Créditos:
Venerável Mestre Hsing Yün é o 48º patriarca do budismo chinês da escola Ch’an. Fundador do Monastério Fo Guang Shan, em Taiwan, e do Templo Zu Lai, em Cotia (SP), entre outros ao redor do mundo.
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