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Caderno Budismo

Uma rica mesa de jantar
Antes de fazer exigências aos outros, devemos exigir de nós
mesmos, sem impor nossos padrões aos demais

(Texto: Venerável Mestre Hsing Yün | Foto: Divulgação)

No refeitório de um templo budista, existem algumas mesas redondas que comportam até dez pessoas. São mesas de madeira muito bem pintadas e adornadas com uma tira de metal dourado. Ao ver as mesas, um devoto criticou: “Os templos devem praticar a simplicidade. Por que usar mesas de jantar tão luxuosas para servir aos convidados?”. Os que ouviram suas palavras consideraram a crítica procedente. Entretanto, o ponto de vista desse devoto é, de fato, extremamente ignorante e rude!

Embora o budismo não considere o materialismo tão importante, reconhece a necessidade de utilizar os bens materiais existentes neste mundo para adorno. Quem viria às cerimônias do templo se o Salão do Buda não fosse magnífico e auspicioso? Quem prestaria homenagem às estátuas do Buda se não fossem banhadas em ouro? Na Terra Pura Ocidental da Suprema Bem-aventurança, terraços e gazebos são decorados com as sete jóias para aqueles que desejam ali renascer. Você gostaria de ir a um local onde só houvesse móveis rústicos para receber os convidados em um jantar?

Pontos de vista

Levar vida simples é exigência que fazemos a nós mesmos, mas que não deveríamos impor aos demais. Assim, será que estaremos manifestando nossa natureza búdica se criticarmos o templo por seus padrões depois de nos deliciar com uma refeição saborosa servida em um lindo ambiente? Quando a maioria das pessoas só compreende metade do que vê e não é capaz de entender a que se refere a outra metade, seus pontos de vista só podem ser superficiais e grosseiros.

Outro exemplo: suponhamos que, depois que os convidados terminassem a refeição, os serventes tirassem as travessas e descartassem as sobras. O devoto mencionado anteriormente poderia criticar o templo por desperdício - as sobras poderiam ser aproveitadas na refeição seguinte. Mesmo que descartar restos de comida seja algo razoável, aqueles que ouvissem esta crítica poderiam concordar com ela. Mas... e se, aproveitando o que sobrou, você tivesse de consumir os restos dos convidados anteriores? Sua opinião seria a mesma? Se alguém ficasse doente ao comer sobras de comida num templo, a mídia poderia se aproveitar do incidente e acusar o templo de prejudicar as pessoas. Nesse caso, você acharia isso justo e razoável?

Portanto, antes de fazer exigências aos outros, devemos exigir de nós mesmos, reconhecendo nossos limites - sem nunca impor nossos padrões aos demais. Em vez disso, devemos nos repreender da mesma maneira como repreendemos os outros e perdoar os outros do modo como perdoamos a nós mesmos. De outra forma, o carma negativo cometido pela palavra anulará qualquer mérito previamente cultivado. Assim considerando, será que podemos nos dar o luxo de não ser cautelosos ao exprimir opiniões?


Créditos:
Venerável Mestre Hsing Yün é o 48º patriarca do budismo chinês da escola Ch’an. Fundador do Monastério Fo Guang Shan, em Taiwan, e do Templo Zu Lai, em Cotia (SP), entre outros ao redor do mundo.
 Arquivo - Budismo
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