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Opinião - Edição 573 - Jornal NippoBrasil

É possível evitar a queda do dólar no Brasil?

Alberto Furuguem*

Diante das medidas adotadas pelo governo para conter as altas exageradas do real, uma questão tem sido colocada pelos analistas: é possível evitar a valorizações da moeda? Acreditamos que conter a valorizações da moeda nacional será sempre tarefa mais fácil do que o contrário.

Os instrumentos para isso são de várias naturezas, podendo ser utilizados com maior ou menor vigor, até que se tenha o resultado desejado. Compra de moeda estrangeira, pela autoridade monetária, em maior ou menor velocidade. Imposição de diferentes níveis de tributação ao ingresso de recursos externos. Alteração na taxa de juro.

Já, manter uma moeda artificialmente valorizada seria tarefa mais difícil e, muitas vezes, impossível. As maxidesvalorizações que já tivemos oportunidade de assistir, no Brasil, em diferentes oportunidades, são exemplos. Quando o mercado não acredita mais que uma moeda possa ser mantida valorizada artificialmente, a autoridade monetária somente conseguirá sustentar sua cotação (vendendo moeda estrangeira no mercado), até o ponto em que as reservas cambiais do país se esgotem.

Nos dois meses que restam do governo Lula não deveremos ter grandes novidades em matéria de política cambial. Já sabemos que tanto o Banco Central quanto o Ministério da Fazenda atuarão para que o real não retome a tendência, antes verificada, de valorização, no curto prazo.

Poderá ocorrer até alguma desvalorização, mas não muito forte, pois, a partir de algum ponto, uma possível subida do dólar poderá incomodar o BC, diante do objetivo de se cumprir a meta inflacionária. É por isso que, tanto o BC quanto o Ministério da Fazenda têm agido com cautela, de forma gradual.

Quanto à política cambial, a partir de janeiro, a mesma irá depender, tanto do pensamento da equipe econômica do governo que irá assumir em janeiro próximo, quanto da própria conjuntura internacional.

A conjuntura internacional será sempre uma variável relevante no processo de formulação e execução da política cambial brasileira. Afinal, somos parte do planeta.

A reunião do G-20, agendada para 11 de novembro, deverá dar o tom de como as maiores economias (Estados Unidos, China, Japão e Alemanha) irão lidar com a questão cambial. Não se espera resultados brilhantes. Espera-se, entretanto, que algum tipo de “melhor coordenação” das políticas cambiais das maiores economias mundiais seja sinalizado.

Nesse quadro, razoavelmente complicado, a vantagem de países com menor peso no cenário mundial é sua relativa liberdade para colocar em prática uma política cambial que melhor lhes convenha. Esse ainda é o caso do Brasil.

Não é o caso da China que, com uma moeda muito desvalorizada, incomoda meio mundo, incluindo o Brasil.

Enfim, se o Brasil decidir efetuar uma correção no patamar da taxa de câmbio (tem instrumentos para isso) não incomodará tanto seus principais parceiros comerciais. A questão se resumirá em utilizar a dosagem necessária dos instrumentos disponíveis e administrar os desdobramentos (para o bem ou para o mal). A redução dos juros, por exemplo, mantido o quadro fiscal, poderá implicar em um pouco mais de inflação. A própria variação no preço da moeda estrangeira poderá gerar, também, alguma pressão inflacionária, colocando em risco o cumprimento rigoroso das metas para a inflação, a não ser que medidas compensatórias na área fiscal sejam adotadas.



*É Economista, consultor com mestrado
pela FGV e ex-diretor do BC
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