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Arquivo NippoBrasil - Edição 289 - 22 a 28 de dezembro de 2004
 
O que é zen?
Cultura do zen-budismo foi introduzida e difundida no Japão pelo mestre Doguen Zenji; na China, linhagem foi propagada por Bodhidharma

MEDITAÇÃO - Zazen é praticada não só por budistas e tem adeptos no mundo todo
 

(Fotos: Arquivo Templo Busshinji)

A palavra zen hoje em dia se tornou um termo popular, muito além de seu significado original. O zen é, em princípio, uma linhagem do budismo, e a palavra em si tem origem no sânscrito Dhyana, que significava meditar sobre o verdadeiro aspecto das coisas e discerni-las, mantendo, para isso, a máxima tranqüilidade de espírito. Quando o zen foi difundido na China por Bodhidharma, o espírito prático característico do chinês passou a aplicar os ensinamentos do zen na vida prática, dando-se assim mais importância ao aspecto moral do que à meditação contemplativa. A estes aspectos filosóficos e práticos foi adicionado o caráter sentimental do japonês, nascendo daí a cultura do zen-budismo que foi introduzida e difundida no Japão pelo mestre Doguen Zenji.

Zen – Escola do budismo surgida na China do séc. VI d.C. e levada ao Japão no séc. XII, onde granjeou grande importância cultural até os dias atuais, caracterizada pela busca de um estado extático de iluminação pessoal, o satori, equivalente a um rompimento deliberado com o pensamento lógico, obtido por meio de práticas de meditação sobre o vazio ou reflexão a respeito de absurdos, paradoxos e enigmas insolúveis (koans). (Dicionário Houaiss)

Os elementos mais representativos da cultura tradicional japonesa, que têm como parte de sua denominação o do (caminho), têm sua origem ou seu caráter mais elevado e aprimorado por meio dos ensinamentos e da filosofia do zen-budismo: – kado (arte do arranjo floral); – chado (cerimônia do chá); – shodo (arte da caligrafia); – koudo (cerimônia de apreciação de incenso); e, nas artes marciais, o judô, o kendô, karate-dô.

O zen não é um estado, e sim a prática dos ensinamentos e um caminho a ser seguido. Apesar de ser uma linha do budismo, por todo o mundo existem muitos praticantes de zazen (meditação sentada zen) e que não são necessariamente budistas. Em verdade, para se compreender o zen, é necessário pura e simplesmente experimentá-lo e colocá-lo em prática no nosso dia-a-dia. O modo de vida almejado através do zen tem como princípio conscientizar-nos de que:

a) nenhum ser existe por si só;

b) não se consegue viver totalmente alheio ao próximo;

c) devemos gratidão a nossos pais, mestres, amigos, a tudo e a todos que nos rodeiam, assim como à natureza, à nossa vestimenta, ao nosso alimento e a nossa moradia, por nos proporcionarem suporte e encorajamento para vivermos em harmonia.

O corre-corre do nosso cotidiano muitas vezes não nos permite enxergar soluções para aquilo que buscamos, no entanto, quando estamos serenos e tranqüilos, conseguimos discernir de forma correta e enxergar por ângulos que em estado de estresse, nervosismo ou simples correria não nos seria possível. Nosso pensamento é como uma poça de água que, quando pisada, sua água se turva e nada enxergamos, senão imagens distorcidas. No entanto, se esperarmos a água se acalmar e a terra baixar, conseguimos enxergar claramente o nosso próprio reflexo...


ZEN-BUDISMO - União de aspectos filosóficos e práticos ao caráter sentimental do japonês
 

Para refletir

Estados de espírito

“Por que se zangar,
se podemos perdoar...

Por que odiar,
se podemos amar...

Por que se queixar,
se podemos simplesmente dizer muito obrigado...

Por que se sentir pressionado,
se podemos pedir ajuda...

Por que se envaidecer,
se podemos ser humildes...

Por que mentir,
se podemos ser sinceros...

Por que brigar, se
podemos conversar amigavelmente...”

“O respeito aos nossos antepassados é o respeito a nós mesmos.”

“Não lamente se porventura fracassar, o mais importante é fazer desta experiência um aprendizado...”

Extraído da coletânea pessoal de pensamentos populares adaptada pelo bispo e abade superior Koichi Miyoshi, traduzido por Cristina Izumi Sagara

 


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