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Arquivo NippoBrasil - Edição 137 - 9 a 22 de janeiro de 2002
 
Seijinshiki, a Cerimônia da Maioridade

Fotos: Divulgação / Arquivo NB


Em 1980, o príncipe Naruhito comemorou a maioridade em cerimônia especial e foi coroado pela primeira vez
No Japão, o dia 15 de janeiro é feriado nacional, chamado seijinshiki (cerimônia da maioridade). É uma atividade peculiar dos japoneses. Nenhum outro país, inclusive o Brasil, possui uma data específica para comemorar a maioridade dos jovens.

Direitos e deveres ao se completar 20 anos de idade

Nessa data, as repartições das províncias, assim como as de cada cidade, município e vila, reúnem em edifícios públicos os jovens que acabaram de completar 20 anos para melhor conscientizá-los do seu papel como adultos. Há os direitos, como a liberdade de casamento e o voto, mas também obrigações, como impostos, e responsabilidades sociais. Neste dia também faz-se uma visita ao templo xintoísta de cada região para agradecer e comunicar o fato de ter se chegado a essa idade sem nenhum problema.

História

Desde a Antigüidade, havia atividade equivalente à seijinshiki. A idade de 20 anos como sendo a maioridade ficou assim definida desde o Período Meiji, a partir do alistamento ao serviço militar.


Mulheres vestem furisode, quimono com mangas longas, usado somente por solteiras

Entre os nobres da Antigüidade, havia uma cerimônia chamada uikooburi no gi ou kakan no gi (ver foto da comemoração da maioridade do príncipe Hironomiya Naruhito, em 1980) na qual a pessoa era coroada pela primeira vez. Entre os samurais havia a cerimônia de genpukushiki, em que se tirava a franja e passava, então, a se vestir como adulto, com montsuki hakama. Também era usual realizar o nakaê ,ou seja, a troca de nome infantil por um nome de adulto. Por exemplo, o patriarca do governo feudal de Tokugawa chamava-se Takechiyo na infância e posteriormente passou a chamar-se Motoyasu.

Ao completar a maioridade, as mulheres também cortavam a franja e passavam a usar o penteado com os cabelos puxados para cima como uma mulher adulta. Essas cerimônias eram geralmente realizadas com jovens entre 14 e 18 anos. Os agricultores e comerciantes também passavam a usar roupas de trabalho próprios de adultos, usar fundoshi (espécie de roupa íntima) e tinham a permissão de carregar porta-cigarros. As mulheres passavam a usar koshimaki (roupa íntima) vermelha, participavam do plantio de arroz, tingiam os dentes de preto, entre outras coisas. Segundo dizem, para ser considerado um adulto teria que carregar 60 quilos de lenha nas costas e andar 12 quilômetros, após o que deveria vender toda essa lenha antes de retornar. Para a mulher a carga da lenha era a metade disso.

Para a festa da maioridade, muitas mulheres confeccionam um novo quimono. Chama-se furisode, um tipo de quimono cujas mangas são especialmente longas e que era usado somente por mulheres solteiras. Balançar a manga do furisode era um meio de declarar amor ao homem amado.

Antigamente casava-se cedo. Segundo “Database da população da família Tokugawa”, uma pesquisa realizada pela equipe do professor Sakomizu Tooru, as idades para casamento eram, na região nordeste, entre 19 e 20 anos para os homens e 14 e 15 anos para as mulheres; e na região oeste, entre 27 e 30 anos para homens e 21 e 24 anos para as mulheres. A percentagem de casados também era grande e um relevante número de casais separava-se nos 3 ou 5 anos iniciais do casamento, partindo para um segundo matrimônio, sendo comparável aos atuais Estados Unidos. Tem-se também a imagem de que tinham muitos filhos, mas o índice de mortalidade era grande e em média somente 2 filhos por cada casal atingiam a maioridade, o que aproxima das estatísticas atuais.

Os jovens de hoje


Momento de festa e de conscientização dos jovens de seu papel como adultos

Em qualquer época, os adultos sempre reclamaram que “os jovens de hoje não sabem se portar com educação”, o que invariavelmente tem acontecido. Cabelos tingidos e telefones celulares para todos os cantos, conversas paralelas em situações que exigem silêncio são exemplos. De qualquer forma, quem irá sustentar o futuro e a cultura mundial são os jovens. Tenhamos boas expectativas nos atos e idéias inovadoras que eles possuem.

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