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Arquivo NippoBrasil - Edição 129 - 24 de outubro a 6 de novembro de 2001
 
Ryokan, hospedaria estilo japonês

Jin’ya era uma instalação tipo cinco-estrelas, que acomodava os daimiôs, nobres ou funcionários de alto escalão. Já kichin’yado era uma hospedagem mais popular, como a retratada no filme “Depois da Chuva”, último roteiro de Akira Kurosawa

Fotos: Divulgação

Dizem que, como conseqüência do ataque terrorista aos Estados Unidos que abalou o mundo inteiro, muitas pessoas estão cancelando suas viagens. É claro que existem aquelas que nem sequer podem pensar em viagens.

Mas desde quando o povo japonês passou a poder apreciar os prazeres de uma viagem? Foi a partir do início do século 17, quando as agitações da guerra se acalmaram e surgiu o governo feudal do clã Tokugawa. Havia na classe dos guerreiros um sistema de rodízio chamado sankin kootai, em que permaneciam por cerca de um ano prestando serviços ao governo feudal de Edo (na época, a capital),e após esse período, retornavam ao seu feudo para governar. Os comerciantes, por sua vez, viajavam pelo país todo para vender seus produtos. E quanto às viagens dos populares? Em primeiro lugar, as pessoas viajavam para visitar templos. Centenas de milhares de pessoas deslocavam-se para visitar locais como o Templo Xintoísta de Ise (Província de Mie), o konpira (Província de Kagawa, em Shikoku) ou o Templo Budista Zenkoji (Província de Nagano). E nessas viagens havia outras atrações, como repousos em termas.

Como eram os hotéis

Dia 9 de novembro é o Dia do Hotel. Em qualquer país há hotéis de todos os níveis, desde os cinco-estrelas até os albergues. E onde se hospedavam os viajantes antigamente? Primeiramente, havia os correspondentes aos nossos hotéis cinco-estrelas que se chamavam Jin’ya. Eram instalações utilizadas pelos daimiôs, altos funcionários públicos e nobres. Possuíam um portal, tratando-se de imponentes construções no estilo shoinzukuri. Os daimiôs encostavam suas liteiras na entrada das hospedarias, de modo que não pisavam em terra sem calçamento para entrar. Os proprietários de Jin’ya eram pessoas poderosas da região, muitos deles com sobrenome e permissão para portar espada.

E quanto à população que não possuía condições financeiras? Atualmente, as hospedarias oferecem duas refeições por dia, mas no início da Era Edo, não havia instalações para tanto. Portanto, os viajantes precisavam levar seus mantimentos ou comprá-los no local e preparar as próprias refeições. Chamavam-se Kichin’yado as hospedarias que permitiam que seus hóspedes cozinhassem mediante pagamento de taxas para obtenção de lenha. Com a expansão da prática de viajar, aumentaram muitas hospedarias que ofereciam refeições comuns, e estas eram chamadas de Hatago. Paralelamente, os Kichin’yado de baixo custo continuavam a operar devido às necessidades dos viajantes pobres e saltimbancos. O filme “Ame Agaru” (“Depois da Chuva”, 1999), o último roteiro de Akira Kurosawa (dirigido por seu assistente Takashi Koizumi depois da morte de Kurosawa), tem como cenário um autêntico Kichin’yado.

Na segunda metade da Era Edo cresceu o número de populares que viajavam, ampliando, assim, os locais de hospedagem, o que ocasionou aliciações de hóspedes, serviços de bebidas alcoólicas, jogos de azar etc. Instalações confiáveis nas quais a população, principalmente as mulheres, pudesse hospedar-se com tranqüilidade passaram a ser necessárias. Para atender a essas necessidades, os comerciantes de Osaka deram início ao Naniwakoo, em 1804: eram identificadas com placas de Naniwakoo as hospedarias selecionadas que não permitiam a presença de aliciadores, bebidas e jogos de azar. Assim, as hospedarias que ostentassem tal placa asseguravam tranqüilidade.

Diferença de estilos

Atualmente, está diminuindo drasticamente o número de hospedarias em estilo genuinamente japonês, pressionadas pela falta de mão-de-obra. Outro motivo dessa queda é que os hotéis são mais cômodos para os hóspedes que já estão acostumados aos hábitos de vida ocidentais. Também as diárias das hospedarias tradicionais genuinamente japonesas são extremamente caras. Para estrangeiros, as hospedarias japonesas causam a impressão de falta de privacidade. Não há chaves nas portas corrediças. Muitos hotéis adotam portas ocidentais com designs em estilo japonês por dentro. Os banhos coletivos em termas também causam estranheza, apesar de já estarem separados em alas feminina e masculina.

Há ainda como opções de hospedagem os minshuku (hospedarias administradas por famílias, um tipo de pensão), e também alojamentos administrados pelo governo e entidades públicas regionais.

 
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