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Arquivo NippoBrasil - Edição 095 - 15 a 21 de março de 2001
 
Washoku (Culinária Japonesa)

(Fotos: Reprodução / Divulgação)

Na segunda metade do século 19, foi introduzido no Japão a culinária ocidental, cuja influência acabou alterando até o estilo de vida que se tornou mais ocidental. Porém no séc. 20 e 21 a culinária japonesa é que inversamente ganhou popularidade no Ocidente por seu estilo saudável. Pode-se encontrar até sushi (bolinho de arroz), sashimi (peixe-cru), yaki zakana (peixe assado), shimeji (tipo de cogumelo), nattô (soja fermentada) e tôfu (queijo de soja) entre outros.

Mas vamos a história da culinária. Se voltarmos 2.500 anos, na Era Jyômon, os habitantes apanhavam frutos de árvores nas montanhas, caçavam veados e javalis, que assavam em fogueiras, do mar e rios pescavam peixes e ostras para se alimentar. Há 2.300 anos, o cultivo do arroz começa a ser introduzido, originário da China.

O período só de caças termina, as pessoas começam a se agrupar e residir em locais fixos, começam a plantar, e a alimentação, que era centrada na carne passa a ser principalmente de arroz, milho e outros grãos. O arroz era diferente do de hoje, usava-se o genmai (arroz só descascado) cozido no vapor e servia como complemento para os pratos principais que eram peixe e carne. As refeições eram só duas vezes por dia, de manhã e a noite.

O ohashi (palitos usados para comer) não eram em pares, eram um só e se asse­me­lha­vam a pinças. As variedades de louça au­men­taram com o surgi­mento de louças de barro ou de madeira, aumentando as variedades na época. Já nesse período sabiam fazer o saquê (bebida alcóolica) a partir do arroz. Logicamente era algo precioso e era usado para oferendar as divindades. Na Era seguinte, de Nara, houve a introdução do proces­samento e produção de lacticínios como leite e manteiga, mas de uma forma geral não houve grandes mudanças na alimentação básica. Na Era Heian, com a introdução da filosofia budista, o povo foi proibido de comer carne e dizem que a expectativa de vida caiu para 30 anos, devido a falta de proteínas, principalmente entre a nobreza. A população necessitava de uma dieta mais rica.

Quando os samurais assumem o poder, na Era Kamakura, o intercâmbio com a China torna-se maior e temos a introdução do chá e do tôfu (queijo de soja). No século 15, Era Muromachi, tornou-se popular ter três refeições por dia, graças as melhorias da agricultura.

Na Era seguinte, Azuchii­momoyama, os portugueses trazem a influência européia e junto a abóbora, batata e tomate. Fritar o peixe no óleo, tempura, torna-se prática comum. Os portugueses trouxeram ainda o rocambole, os doces e biscoitos. Da China vem a culinária chippoku. Chippoku significa mesa e a comida era apreciada com as pessoas sentadas ao redor dela. Essa moda foi logo absorvida pelos japoneses. Os agricultores definiram o arroz como moeda, comiam o milho, o trigo e outros cereais, o sal e o peixe era comprado dos comerciantes e grande parte era auto-suficiente. No século 17, adentrando-se na Era Edô, o takuan (conserva de rabanetes), e o misozuke (conservas à base de soja fermentada) tornaram-se comuns e a variedades de doces aumentou.

Nessa época, começaram a surgir e aumentar os produtos típicos de cada região, o sakê (bebida alcóolica) entre outros, que expres­savam as carac­te­rísticas de cada local. Já na Era Meiji, devido a influência do Ocidente, o consumo de carne, principalmente bovino, aumentou e comer sukiyaki (prato a base de carne e vegetais) estava em alta. Para o povo, acostumado com a filosofia budista, a aceitação foi demorada. Entraram de uma só vez o leite, pão, sorvete, chocolate e similares.

Após a Guerra, acompa­nhando o crescimento eco­nômico, a alimentação tornou-se farta podendo-se comer pratos de qualquer parte do mundo. Atualmente tem-se levantado muito a questão da produção de alimentos no mundo e os méritos e deméritos do fast-food. Talvez seja a hora de pensarmos como os antigos, numa refeição balanceada e simples.

 
 
Kanji


*Esta página foi elaborada pelos professores da Aliança Cultural Brasil-Japão,
especialmente para o NIPPO-BRASIL.
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