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Arquivo NippoBrasil - Edição 024 - 22 a 28 de outubro de 1999
 
Armaduras Japonesas: dos combates às obras de arte
Elas já participaram dos principais períodos da história do Japão,
e são resultantes de uma soma de técnicas artesanais.

(Fotos: Reprodução/Divulgação)

As armaduras japonesas deixaram de ser destinadas para defesa, protegendo o corpo diante de um combate. Hoje em dia, elas são apreciadas como verdadeiras relíquias de épocas que marcaram a história do Japão.

Feitas principalmente de ferro, mas também de uma série de outros metais como ouro, prata e bronze, além de couro, tecidos, cordões e laca, elas constituem verdadeiros objetos de arte resultantes de uma soma de técnicas artesanais.

Segundo alguns historiadores, não se sabe exatamente quando as armaduras começaram a ser utilizadas no país. No entanto, tudo indica que já estavam presentes nos séculos IV e V, através de objetos de defesa feitos de ferro, empregados no corpo e na cabeça.

Dois tipos


Tankô (dir.) e Kiekô (esq.)

Há basicamente dois tipos de armaduras: o tankô e o keikô. Destinados a proteger o dorso, os tankô são compostos de pequenas placas de ferro caracterizadas pelo seu formato triangular ou retangular. São feitas de maneira que se ajustem perfeitamente ao corpo. Já a criação dos keikô foi inspirada nas armaduras utilizadas pela cavalaria chinesa, parcialmente confeccionadas de couro e de pequenas peças de ferro chamadas de kozane.

Tankô e reikô representam as formas de armaduras utilizadas durante o Japão Antigo. Sabe-se, através de registros que datam do ano de 756, que os tankô eram armaduras com acessórios que permitiam proteger várias partes do corpo. Já os keikô eram desprovidos destes acessórios.

O surgimento dos tipos de armaduras considerados “clássicos” datam da metade do período Heian (794-1185). Seu procedimento de fabricação provém dos antigos keikô. Em função de sua forma, essas armaduras são classificadas em três tipos: ôyoroi (armaduras grandes), utilizada pelos guerreiros de mais destaque, dômaru (envolvendo todo o dorso), e haramaki (mais maleável, em peça inteira e fechado nas costas) reservada aos homens de tropa.

Os ôyoroi, também chamados de shikishô no yoroi, são o exemplo mais representativo de armaduras tradicionais japonesas. Em resumo, elas são constituídas principalmente de protetor da cabeça (kabuto) e também e de grandes ombreiras (ôsode). Sua função era proteger o corpo de um cavaleiro e não atrapalhar seus movimentos.

Aristocracia

Já no final do Período Heian, quando os militares obtiveram mais notoriedade, o desenho das armaduras começou a refletir o gosto da aristocracia. No final dessa época, os ôyoroi ganharam formas suntuosas. Em algumas armaduras, as guarnições metálicas douradas e prateadas têm um acabamento refinado.

Já as armaduras do Período Kamakura (1185-1333) são também em sua forma, a continuação da época precedente. Durante esse período em que se instala o regime militar, as características de uma sociedade de guerra são sobriedade e solidificação, que acabam por se refletir também na fabricação das armaduras e em seus desenhos. O fim do Período Kamakura coincide com o surgimento do tipo ôyoroi, ricamente decorado, e que era uma forma dos guerreiros mostrarem seu poder.

Os ôyoroi continuam sendo utilizados pelos guerreiros de renome durante 1336-1392 e no Período de Muromachi (1392-fim do século 15). Mas, aos poucos, sob influência do exército da Mongólia, os japoneses adotaram a tática de ataques em grupo. Para isso, precisaram dispor de armaduras leves que permitissem deslocamentos rápidos.

Armas de fogo

Durante o Período Muromachi, houve a necessidade de se fabricar armaduras de concepção simples, dando origem a um novo tipo de armadura chamada tôsei gusoku (ao pé da letra, equipamento completo contemporâneo).

Nessas circunstâncias, a introdução do fuzil no Japão na metade do século 16 trouxe grandes mudanças tanto na tática militar quanto no que diz respeito às armaduras. A partir daí, a preocupação de proteção foi reforçada com peças mais sólidas e que cobriam mais o corpo. Toda uma série de acessórios são então aperfeiçoados: o hôate (protetor de queixo e parte do rosto, com corrente na superfície), o kusari-kote (protetor de braços com corrente na superfície), o tekô (para proteger as mãos), o suenate (joelheiras) e haidate (para as coxas).

Durante o Período Momoyama (1573-1603), idade do ouro na arte do Japão, os tôsei-gusoku mostram novamente ornamentações magníficas, com folhas de ouro e desenhos dourados em relevo sobre laca refletindo o gosto desse período de esplendor. A partir do período Edo (1603-1868), os tôsei-gussoku continuaram a ser fabricados, mas deixaram de ser usados em combates. Desde então começaram a ser vistos em importantes cerimônias.

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