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O suicídio antes e depois da internet
O seppuku e o shinjuu, por exemplo, são duas categorias de suicídio que se diferiam apenas pela classe social


Modernidade: homens e mulheres usam a internet para cometer o ato em grupo

 
Fotos: Divulgação / Arquivo NB

O suicídio praticado nos dias de hoje no Japão e o seu elevado número de casos, em um patamar muito maior do que as estatísticas no restante do mundo, possuem inúmeras teorias e fatos. Em 1998, iniciou-se a chamada “terceira onda de suicídios”, com cerca de 30 mil casos por ano. Seguindo as estatísticas, pesquisadores observam que o número de homens que se suicidam é muito maior do que o de mulheres, devido a sua condição dentro de uma sociedade paternalista. O efeito econômico e a perda do emprego vitalício, além da idade avançada, podem ser apontados como as motivações predominantes nos homens. Muitos desistem de viver para conseguir o prêmio do seguro de vida, por exemplo, aguardando apenas o período de carência do plano para cometer o ato. Já as mulheres, por terem um papel de maior responsabilidade dentro de casa, cuidando dos filhos, não cometem tanto o suicídio, mas, conforme a idade aumenta, o número entre as mulheres também sofre uma variação progressiva.

Eras passadas

Existem estudos sobre o suicídio no Japão que remontam a eras passadas como o seppuku e o shinjuu – duas categorias de suicídio que se diferiam apenas pela classe social ou, em tempos mais recentes, os kamikaze, que se sacrificaram pelo país na Segunda Guerra Mundial, e as crianças que sofrem o ijime, maus-tratos dentro da escola que, em muitos casos, culminam no suicídio infantil. O seppuku era uma forma de suicídio realizado por guerreiros com o intuito de evitar a execução por inimigos, ou para redimir-se por atos considerados desonrosos, e o ato possuía todo um ritual. Já o shinjuu era praticado por pessoas de classes inferiores e com um grau de proximidade ou parentesco, sendo amantes, mães e filhos ou toda a família. Além disso, o shinjuu só passou a ser considerado ato criminoso a partir da década de 1990. Antes disso, inúmeros casos eram relatados pelos meios de comunicação com a ausência de punições para as pessoas que tiveram a idéia do suicídio. Países estrangeiros têm apontado o “risco da propagação da prática de suicídio coletivo” e pressionado o Japão a adotar uma política preventiva contra isso.

Acordo pela internet?

Nos dias de hoje, a forma mais comum de suicídio é com a utilização da internet, o que se tornou problema no Japão nos últimos anos. Homens e mulheres entre 20 a 40 anos e que se conheceram através de anúncios pela internet cujo tema é o suicício (apresentam os diversos métodos de suicídio e outras informações), marcam a data e o local para, juntos, cometerem o ato em grupo, utilizando, por exemplo, monóxido de carbono em um quarto ou um automóvel hermeticamente fechado.

Medidas preventivas

Na Europa, foi definida uma linha de ação para a mídia, tal como não publicar detalhes sobre as circunstâncias do suicídio em primeira página; evitar expressões afirmativas quanto ao assunto, etc., com o objetivo de evitar a indução ao suicídio.

No entanto, a internet eliminou as restrições quanto às informações, servindo como uma válvula de escape para muitos; motivo pelo qual vários países temem que o suicídio praticado no Japão se propague também ao exterior, via computador. Considerava-se que, mesmo se tratando de sites que estimulam o suicídio, era difícil a aplicação de restrições, devido ao ponto de vista de proteção à liberdade de expressão e proteção às informações pessoais.

Entretanto, o Japão, em uma ação conjunta entre empresas de comunicação, provedores, Ministério dos Negócios Internos e Comunicação e a polícia, adotou medidas preventivas que consistem no fornecimento de informações à polícia, por parte das fontes, acerca de mensagens de suicídio pela internet que apresentem risco iminente. O parâmetro para considerar que os sites sejam de alto risco ou não, seria o seu conteúdo, como por exemplo, datas marcadas e métodos para a prática do ato. No entanto, ainda são necessárias outras medidas para salvar aqueles suicidas que não tomam a iniciativa de escrever anonimamente em sites, mas acompanham o ato.


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