Conheça
algumas espécies, suas características, onde encontrá-las
e como fisgá-las. Nesta edição, apapá, abotoado
e aruanã
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Nome científico: Pellona castelnaeana
Hábitat:
Vivem em águas amazônicas, onde preferem os rios de águas
rápidas e cristalinas, e alimentam-se de insetos e pequenos peixes.
Técnicas de pesca: Podem ser pescados tanto com iscas naturais
como com iscas artificiais, sendo que o equipamento a ser utilizado deve
ser de ação média, composto por uma vara para linhas
10 a 20 lbs e molinete ou carretilha com capacidade para 100 m de linha
de 0,35 mm de diâmetro. As melhores iscas naturais são pequenos
peixes inteiros ou em pedaços, normalmente iscados sem chumbo,
sendo que, neste caso, é preciso usar anzóis de tamanho
médio, 2/0 a 4/0. As melhores iscas artificiais são: plugs
de meia água, plugs de superfície, colheres e spinners.
Como pode-se notar na ilustração, o apapá tem a boca
voltada para cima, provando que ele se alimenta de pequenos insetos e
peixes que vivem na superfície da água. Por isso, deve-se
trabalhar as iscas bem rente à linha d água.
Dica:
Ao sentir o apapá atacar a isca, dê duas ou três
fisgadas fortes para facilitar a fixação do anzol na boca
dura do peixe.
Melhores
épocas: Podem ser capturados durante todo o ano, sendo melhores
as épocas de seca, quando os rios estão dentro da sua caixa,
facilitando a localização do peixe que, nas épocas
de cheia, está dentro dos igarapés, onde não se pode
arremessar a isca.
Tamanho
mínimo: Liberado.
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Nome científico: Pterodoras granulosus
Hábitat:
Vive em rios nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e freqüenta
poços de grande profundidade, onde rastreia o fundo atrás
de comida, podendo atingir até 70 cm de comprimento e 7 kg de peso.
Como
pescar: É muito comum capturar armaus quando se está
pescando jaú, já que ambos freqüentam os mesmos locais.
Porém, se o pescador partir em busca apenas do armau, ele deve
utilizar equipamento médio/pesado, composto por vara para linhas
de 12 a 30 lbs, carretilha ou molinete com capacidade para armazenar até
100 m de linha com 0,50 mm de diâmetro e anzóis tipo maruseigo
de tamanho 6/0 a 8/0. Deve-se utilizar chumbada suficiente para que a
isca venha a tocar o fundo. As melhores iscas são minhocuçus,
tuviras e pedaços de peixe.
Dica:
Será comum a ocorrência de jaús nesta pescaria,
e o material acima descrito serve apenas para os armaus, ficando muito
leve para os jaús.
Melhor
época: Pode ser capturado durante todo o ano respeitando, logicamente,
as épocas de reprodução.
Tamanho mínimo: 35 cm
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Nome científico: Osteoglossum bicirrhosum
Hábitat:
Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins.
Características:
Peixe de escamas. Ele vive na beira dos lagos, ao longo dos igapós
ou dos capins aquáticos, sempre à espreita de insetos (principalmente
besouros) e aranhas que caem na água. É provavelmente o
maior peixe do mundo cuja dieta é constituída principalmente
por insetos e aranhas. Nada logo abaixo da superfície com os barbilhões
projetados para a frente. Em águas pouco oxigenadas, os barbilhões
podem ser utilizados para conseguir oxigênio na superfície
da água. O aspecto mais característico do comportamento
alimentar do aruanã é a habilidade de saltar da água
e apanhar as presas ainda nos troncos, galhos e cipós. Um exemplar
adulto pode saltar mais de 1 metro fora dágua. A espécie
se reproduz durante a enchente, e os machos guardam os ovos e larvas na
boca. Os alevinos alcançam alto valor comercial como peixe ornamental.
Equipamento
e isca: O equipamento deve ser do tipo médio; linhas 12, 14
e 17 libras; anzóis 1/0 a 3/0. Este peixe pode ser capturado tanto
com iscas naturais (peixes, camarão, insetos, etc.) como com artificiais
(plugs de superfície e meia água e colheres).
Dica:
É mais fácil capturar o aruanã na beira dos lagos
e lagoas, nas proximidades de troncos e plantas aquáticas. O aruanã
costuma dar saltos espetaculares quando capturado, e o pescador precisa
ter muita atenção ao retirar o anzol do peixe para não
se ferir.
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