Para quem gosta
de curtir uma boa viagem com conforto, ótimas opções
para hospedagem e, claro, não deixa de lado uma boa pescaria, aí
vai uma ótima notícia: hotéis e pousadas estão
se sofisticando cada vez mais para receber os turistas. Atualmente, estabelecimentos
dos mais variados estão oferecendo entretenimento não só
para o pescador, como para toda a família, com belas instalações
e modernos recursos de infra-estrutura. São alternativas que abrangem
todos os gostos e têm em comum o público-alvo que se interessa
pela pesca.
Na Pousada
Jurumé, localizada em plena Amazônia, o cliente pode desfrutar
de uma localização privilegiada, às margens do Rio
Juruena, com fácil acesso para os Rios Pararati e São Tomé.
Nesse cenário, a prática da pesca esportiva é favorecida
pela presença de tucunarés, pintados, jaús, piraíbas,
dentre outros peixes. Recebemos semanalmente 16 pessoas [o limite
de hospedagem da pousada] na alta temporada, que tem início em
abril e vai até dezembro. Nos outros meses, a pesca fica restrita,
porque entra o período das chuvas, explica a gerente-geral
da pousada, Vânia Cristina Wentz.
Há três
anos no mercado, a Pousada Jurumé adota recursos para criar diferenciais
e disponibilizar mais opções de lazer aos clientes, como
frota de barcos, guias especializados e até um avião próprio
para receber os hóspedes com maior agilidade e conforto. Procuramos
sempre ficar atentos ao mercado e às novidades para podermos oferecer
o melhor aos nossos clientes, afirma Vânia.
Entretanto,
é preciso tomar precauções quanto à questão
ambiental e criar maneiras de conviver bem com a natureza, já que
ela é o ponto primordial do serviço. Nossos objetivos
andam ao lado de nosso compromisso com o meio ambiente. Em nossa área,
já foi criada uma reserva e estamos apoiando a criação
do Parque Nacional do Juruena, o qual irá abranger mais de 1 milhão
de hectares, anuncia a gerente-geral da pousada.
Outra opção
para quem quer descansar e curtir os peixes, mas não deseja ir
tão longe, é o Hotel Pesqueiro da Odila, no Pantanal Mato-Grossense.
Oferecendo recursos de telefonia tanto fixa quanto celular, apartamentos
de luxo e ar-condicionado, o hotel recebe em torno de 50 pessoas por semana.
A pescaria é um esporte caro, e hoje ninguém sai de
casa para acampar. Tem de ter conforto, sentencia a proprietária
Odila Maria Silveira.
Segundo Odila,
nos meses de maio a setembro, a procura torna-se mais forte, com a possibilidade
de pesca de dourados, pintados e pacus, mas, na época da piracema
(entre novembro e fevereiro), é preciso procurar alternativas no
turismo ecológico. Nesse período [da piracema], o
turista pode ver jacarés, capivaras, tuiuiús, enfim, é
mais voltado para a ecologia, diz.
O Hotel Pirá
Miúna, em Bonito, Mato Grosso do Sul, é outra agradável
opção para quem quer se instalar confortavelmente para aproveitar
toda a natureza da região. Com cinco tipos de apartamentos, incluindo
acomodações adaptadas para deficientes físicos, o
hotel chama atenção pela beleza e sua localização,
no coração da cidade, em uma área de boa infra-estrutura
e de fácil acesso.
Recebemos
cerca de 25 a 30 pessoas em períodos de baixa temporada e algo
entre 80 e 100 hóspedes durante a alta [temporada], explica
Melizandro Vargas, do setor de reservas do hotel. Pela nossa localização,
somos procurados em todos os feriados com clientes que buscam não
só o descanso, como os passeios locais, explica Vargas.
Também
preocupado com a questão ecológica, toda a instalação
do hotel faz uso de forma diferenciada de elementos tradicionais da construção,
como tijolo e madeira, além do tijolo de solo-cimento, chamado
de tijolo ecológico, pela ausência de queima em seu processo
de cura.
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Para
os mais aventureiros, nada como acampar em meio à natureza e ter
todas as possibilidades de se dedicar ao hobby da pesca. No Aracá
Camp, às margens do Rio Aracá, em pleno Estado do Amazonas,
o turista pode ter tudo isso. Tendas altamente equipadas com conforto
e tecnologia abrigam, semanalmente, 12 pessoas. Os recursos incluem até
mesmo banheiros privativos com água quente, varanda, telefone via
satélite e internet.
Devido
ao regime das águas, nossa temporada de pesca tem início
em outubro e estende-se até março. Os meses mais procurados
são novembro, dezembro e janeiro, explica o proprietário,
Eduardo Prada. O cuidado no atendimento prestado estimula a busca pelos
serviços diferenciais que o Aracá Camp oferece a seus clientes.
Estamos estruturando, com pessoas da área, o mapeamento de
espécies de aves, répteis, anfíbios e flora, para
lançarmos pacotes especiais destinados a turistas que se interessem
por esses assuntos, avisa Prada.
A experiência
do Aracá Camp vem dando certo e atraindo pessoas não só
do Brasil, como também do exterior. Atualmente, 70% de nossos
hóspedes são brasileiros, os outros 30% vêm de países
como Japão, Estados Unidos, Argentina, Inglaterra, Alemanha, dentre
outras localidades. Nossa meta é aumentar a participação
internacional; para tanto, estamos fazendo acordos com diferentes países,
explica Eduardo Prada.
A atividade
pesqueira oferecida pelo Aracá Camp destina-se apenas à
prática do pesque e solte. Os compromissos ambientais e sociais
são importantes e fazem parte de nossa política administrativa.
Acreditamos que a única solução para a melhoria das
condições de vida das comunidades ribeirinhas de nossa região
seja a criação de um modelo de turismo sustentável,
que gere renda para melhorar as condições de vida das pessoas
através da conscientização e da preservação
ambiental, afirma o proprietário, que emprega apenas mão-de-obra
local, após intenso treinamento.
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