PORTAL NIPPOBRASIL ONLINE - 19 ANOS
-
Fale conosco: adm@nippo.com.br   
Quinta-feira, 18 de abril de 2024 - 20h04
DESTAQUES:
  Empregos no Japão

  Busca
 

SEÇÕES
Comunidade
Opinião
Circuito
Notícias
Agenda
Dekassegui
Entrevistas
Especial
-
VARIEDADES
Aula de Japonês
Automóveis
Artesanato
Beleza
Bichos
Budô
Comidas do Japão
Cultura-Tradicional
Culinária
Haicai
História do Japão
Horóscopo
Lendas do Japão
Mangá
Pesca
Saúde
Turismo-Brasil
Turismo-Japão
-
ESPECIAIS
Imigração
Tratado Amizade
Bomba Hiroshima
Japan House
Festival do Japão
-
COLUNAS
Conversando RH
Mensagens
Shinyashiki
-
CLASSIFICADOS
Econômico
Empregos BR
Guia Profissionais
Imóveis
Oportunidades
Ponto de Encontro
-
INSTITUCIONAL
Redação
Quem somos
-
.

Opinião - Edição 587 - Jornal NippoBrasil

Governo Dilma Rousseff, bom começo

Alberto Furuguem*

Embora um mês e pouco seja insuficiente para se ter idéia de como poderá ser o governo Dilma Roussef, não há dúvida de que, pelo menos no estilo pessoal, já se pode ter certeza de que será muito diferente. A gabolice de Lula foi substituída estilo sóbrio da nova presidente.

No campo administrativo, o blá-blá-blá de palanque, deu lugar a ações pontuais e objetivas. Um exemplo foi a postura de Dilma diante da tragédia na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro. Providências concretas foram adotadas, para o alcance de objetivos emergenciais, bem como os de curto, médio e longo prazo. Na área econômica os sinais emitidos no primeiro mês do governo Dilma Roussef foram corretos, a nosso ver.

Na política fiscal a sinalização é de austeridade nos gastos públicos: a) No que depender do governo federal o salário mínimo deverá ser de R$ 545,00, apesar das pressões da área sindical (que pleiteia R$ 580,00); b) Fala-se no desejo de reduzir a carga tributária sobre a folha de pagamentos, algo mais do que desejável (para o bem da economia brasileira); c) A compra de aviões para a Força Aérea brasileira está postergada para o próximo ano; d) O ministro da Saúde fala em “gastar melhor os recursos disponíveis” e não em criação de novas fontes de financiamento (novos impostos, como a famigerada CPMF, que, esperamos, jamais volte); e) Os ministros da Fazenda (Mantega) e do Planejamento (Mirian Belchior) anunciam corte de R$ 50 bilhões no Orçamento para 2011.

Na área da política monetária o Banco Central, na primeira reunião do seu Comitê de Política Monetária (Copom), deu continuidade ao ajuste requerido para conter pressões inflacionárias. Desta vez, outros membros do governo federal deixaram de comentar (criticar) a decisão do BC, o que revela maior coordenação administrativa.

Na política cambial, novas medidas foram adotadas visando conter a valorização do real. Na área cambial são maiores os riscos de se cometer erros estratégicos fundamentais em períodos de “vacas gordas”.

E a economia brasileira passa por um período excepcional de “vacas gordas” em termos cambiais: preços dos grãos e outras commodities nas alturas (gerando grande receita cambial), perspectivas do pré-sal (que pode elevar exageradamente a disponibilidade de recursos cambiais), reservas cambiais atingindo a marca histórica de US$ 300 bilhões, elevados juros oferecidos aos investidores em renda fixa (que atrai grande volume de recursos externos). Se não tivermos um plano estratégico de longo prazo na política cambial poderemos criar, neste período da vacas gordas, um ambiente propício à estagnação duradoura da economia brasileira. Foi o que aconteceu com a economia japonesa na década l980, com a valorização do iene. A diferença é que naquela altura, o padrão de vida naquele país já era dos mais elevados e a renda bem distribuída. Como ficou muito caro produzir no Japão as empresas daquele país passaram a investir nos países vizinhos da Ásia e em outros países do Ocidente.

Neste momento, a valorização do real já está provocando destruição de empregos no Brasil e criação de empregos em nossos vizinhos (Argentina, Uruguai, Paraguai) e mesmo em outros continentes (na China e nos Estados Unidos, por exemplo).

O cenário da economia mundial, que funcionou como vento fortemente a favor durante a maior parte do governo anterior, dá sinais de recuperação sustentável (visão predominante no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça), o que se não ajudar tanto poderá pelo menos não atrapalhar neste e nos próximos anos.

Se na maior parte do governo anterior a passividade administrativa e a retórica foram suficientes para gerar crescimento e bons dividendos políticos, agora isso não será mais possível.

Será necessário melhorar a qualidade da gestão o que, ao que parece, poderá ser uma característica do novo governo. Pelo menos foi o que nos foi dado perceber neste início do governo Dilma Rousseff.



*É Economista, consultor com mestrado
pela FGV e ex-diretor do BC
]
 Coluna: Opinião
25/07/2022 - Por Jorge Barcellos
Onde o moderno é ser tradicional
02/12/2021 - Por Juliano Abe
Tá caro, né?
03/04/2020 - Por Hatiro Shimomoto
Crise na saúde
23/11/2016 - Por Junji Abe
Tite, Temer e o Brasil
20/10/2016 - Por Junji Abe
Imposto mata o Brasil
30/08/2016 - Por Junji Abe
Legado dos Jogos Olímpicos
27/06/2016 - Por Junji Abe
Novos desafios
21/06/2016 - Por Junji Abe
Gênero de 1ª necessidade
20/05/2016 - Por Junji Abe
Missão do presente
04/04/2016 - Por Junji Abe
Melhor qualidade de vida
18/03/2016 - Por Junji Abe
Geração perdida
17/02/2016 - Por Walter Ihoshi
Não podemos jogar a tolha
30/12/2015 - Por Junji Abe
Trio do bem
27/11/2015 - Por Junji Abe
Lama da morte
29/09/2015 - Por Junji Abe
Resgate da policultura
14/09/2015 - Por Junji Abe
Terrorismo tributário
12/06/2015 - Por Junji Abe
Dignidade das domésticas
30/04/2015 - Por Junji Abe
Alerta aos aposentados
26/03/2015 - Por Junji Abe
Chega de imediatismo no Brasil
05/03/2015 - Por Junji Abe
Revolta dos caminhoneiros
25/11/2014 - Por Tetsuro Hori
Por que privatizar o sistema de transporte de massa e quais são os principais benefícios
11/04/2014 - Por Walter Ihoshi
A internet e o futuro de um mundo conectado
10/01/2014 - Por Junji Abe
Ranking do Progresso
18/10/2013 - Por Hélio Nishimoto
Para relembrar Hiroshima e Nagasaki
14/08/2013 - Por Hatiro Shimomoto
Bons usos e costumes
para o Brasil
20/07/2013 - Por Walter Ihoshi
Santas Casas na UTI
05/06/2013 - Por Lizandra Arita
Dia das Mães:
Q ue tipo de mãe é você?
19/04/2013 - Por Kunihiko Chogo
Adaptando-se ao jeito
brasileiro de ser
08/12/2012 - Por Keiko Ota
Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas de Violência
13/10/2012 - Por Walter Ihoshi
A importância da transparência dos impostos
Por Teruo Monobe
Inflação
Por Teruo Monobe
Equilíbrio fiscal
Por Teruo Monobe
Balança comercial
Por Teruo Monobe
Brasil caro
Por Teruo Monobe
O que se passa
na economia global
Por Teruo Monobe
Discurso de posse
Por Teruo Monobe
2011 e o longo prazo
Por Teruo Monobe
Ano-Novo, tudo
novo em 2011
Por Teruo Monobe
A volta do ouro
Por Teruo Monobe
Novo governo, velho problema
Por Teruo Monobe
Natal gordo
Por Teruo Monobe
Novamente, a Europa em crise
Por Teruo Monobe
Esperando o Plano Dilma

© Copyright 1992 - 2016 - NippoBrasil - Todos os direitos reservados - www.nippo.com.br

O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade exclusiva do anunciante.
Antes de fechar qualquer negócio ou compra, verifique antes a sua idoneidade. Veja algumas dicas aqui.

Sobre o Portal NippoBrasil | Fale com o Nippo