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Opinião - Edição 575 - Jornal NippoBrasil

Cenário da economia mundial

Alberto Furuguem*

A economia mundial deverá terminar o ano de 2010 e iniciar 2011 em clima de incertezas, alimentadas principalmente pela claudicante recuperação da economia americana e pelo embate, na área cambial, entre a China e os Estados Unidos. Diante da dificuldade no plano político do governo Obama, de estimular a economia com expansão dos gastos públicos, restou ao FED (banco central) a alternativa de afrouxar, ainda mais, a política monetária, anunciando a decisão de comprar cerca de US$ 600 bilhões de títulos públicos detidos pelo mercado. A compra será feita ao longo dos próximos oito meses, com objetivo de estimular o sistema financeiro a ampliar o crédito e, assim, contribuir para a recuperação da atividade econômica. Os analistas, em geral, inclusive o autor deste comentário, não se mostram muito otimistas com a eficácia da medida adotada pelo FED. Isso porque o juro básico nos Estados Unidos já se encontra próximo de zero há um bom tempo, e o seu efeito sobre a disposição dos bancos de emprestar e dos consumidores de tomar financiamentos já terá ocorrido. A elevada taxa de desemprego alimenta a insegurança de investidores e consumidores que, por sua vez, inibem uma retomada mais firme e consistente da atividade econômica nos Estados Unidos. Assim, a decisão do FED tende a funcionar como “chuva no molhado”, não sendo provável que tenha impacto importante no estímulo ao consumo e aos investimentos na economia americana. Como diria Milton Friedman, Nobel de Economia (já falecido) e expoente do monetarismo (no bom sentido): “você pode levar o cavalo à beira do lago, mas não pode obrigá-lo a beber água”.

O aumento na oferta de liquidez em dólares derivada da decisão do FED tende, entretanto, a afetar os mercados de câmbio mundo afora. O dólar sofre novas desvalorizações nas outras economias, para desespero daquelas que já têm enfrentado problemas com valorizações excessivas de suas moedas, como é o caso do Brasil. No caso do Brasil, aliás, o governo (através do BC e do Ministério da Fazenda) demonstrou que não pretende ficar assistindo a cotação do dólar derreter diante do real. Se necessárias, novas medidas de restrição à entrada de capitais especulativos deverão ser adotadas.

A desvalorização do dólar (diante das outras principais moedas), desde que não chegue a uma guerra de desvalorizações competitivas, poderá contribuir, por outro lado, para a recuperação da economia americana, pela via do comércio exterior (aumento das exportações e desestímulo às importações). O ideal é que as principais economias, no âmbito do G-20, acabem por chegar a algum tipo de coordenação entre suas políticas cambiais. Esse será, talvez, o maior desafio do G-20 (grupo das 20 maiores economias) nos próximos tempos, no sentido de evitar iniciativas isoladas que contribuam para dificultar ainda mais uma recuperação consistente da economia mundial depois da recessão de 2009.

As projeções para o crescimento do PIB mundial feitas pelo grupo de analistas da revista The Economist indicam, no momento, uma taxa de crescimento pouco abaixo de 5% para 2010 e entre 3 e 4% para 2011. Nada mal, se vierem a ser confirmadas. O crescimento de 2010 será, na realidade, em boa medida representado pela “saída do buraco” de 2009 (quando o PIB mundial encolheu uns 2%). O crescimento projetado para 2011, se confirmado, representará quase que a normalização do ritmo histórico de expansão da economia mundial.

O PIB dos Estados Unidos poderá crescer em torno de 2,4% em 2011, o da China, em torno de 8,6%, o do Japão, cerca de 1,2%, o da Zona do Euro cerca de 1,3% (1,9% da Alemanha). Os principais emergentes continuarão a crescer acima da média mundial, principalmente os asiáticos.



*É Economista, consultor com mestrado
pela FGV e ex-diretor do BC
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